Reunião do Comas na Câmara (FOTO: LUIZ FRANÇA/CMSP)

A abordagem das pessoas em situação de rua na gestão João Doria está sendo limitada, dentro da política de desmonte da assistência social da prefeitura. É o que afirmam funcionários municipais e especialistas que estiveram na Câmara Municipal nesta segunda-feira (14 de agosto). O gabinete de Eduardo Suplicy está acompanhando de perto essa questão.

Durante a reunião do Comas (Conselho Municipal de Assistência Social), no auditório Prestes Maia, servidores públicos usaram o microfone para expor as opiniões sobre o que segundo eles, é o desmonte do SUAS (Sistema Único da Assistência Social) em São Paulo.

A vereadora Samia Bomfim (PSOL) explicou que muitos serviços estão sendo fechados. “Saiu a Portaria 41, por exemplo, que limita o serviço de abordagem, que é aquela que atende a população em situação de rua durante o dia. Além disso tem uma série de contratos, com ONGs e com a administração social que cuida do serviço do SUAS, que também está pra acabar ou sem previsão de renovação.”

Os funcionários afirmaram que estão preocupados com o futuro. Segundo eles, algumas ONGs (Organizações Não Governamentais) estão dispensando os funcionários, como contou Itamar Moreira, coordenador do Fórum de Assistência Social da cidade de São Paulo.

Em nota, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social informou que o secretário Filipe Sabará propôs ao Comas aprovar a adesão da cidade de São Paulo ao programa federal Criança Feliz.

A medida permite a transferência de verbas federais da ordem de R$ 125 milhões, que devem ser aplicadas em programas de proteção voltados à primeira infância, muitos dos quais já desenvolvidos por entidades conveniadas à SMADS.