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Uma boa notícia para os integrantes da Cooperativa de Catadores Granja Julieta: a entidade voltará a receber as 40 toneladas mensais de material reciclável que sempre teve para trabalhar. Também haverá a mudança para novas instalações, maiores e mais adequadas.

Mara Santos, a presidente da cooperativa, procurou diversas pessoas, entre as quais o vereador Eduardo Suplicy, preocupada com o futuro da entidade por conta da diminuição do volume que ocorreu nos últimos meses – de 20 toneladas a 28 toneladas mensais, quase inviabilizando a existência do serviço.

Com a ajuda de Suplicy, Mara Santos se reuniu com a diretoria da Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana). Após a reunião, a Cooperativa de Catadores Granja Julieta teve aprovado o seu edital que a habilitou a retomar o recebimento de material reciclável.

Regularizada, a cooperativa poderá receber novamente o volume de 10 toneladas semanais em novo local, mais adequado para o trabalho importante das 40 mulheres que integram a entidade.

O presidente da Amlurb, Edson Tomás, assinou um compromisso de auxiliar na busca de novo local e para retomar o fluxo anterior de material.

Histórico conturbado

A luta dos integrantes da cooperativa é antiga e cheia de percalços. Em dezembro de 2008, houve a transferência para um espaço provisório após um incêndio no edifício original, na Granja Julieta, no qual ela operava – a causa do fogo ainda é desconhecida.

À cooperativa, que abrigava à época cerca de 60 catadores, foi garantido pela prefeitura de São Paulo um terreno no bairro de Santo Amaro, mas a construção não ocorreu.
Por muito tempo, a entidade ocupou lugares provisórios até que em 2013, após várias denúncias e queixas, a Cooperativa Granja Julieta recebeu novas promessas da prefeitura para ganhar um local definitivo e adequado.

Depois de um período de trabalho duro e contínuo na gestão de Fernando Haddad (PT), os cooperados da Granja Julieta enfrentaram novas exigências burocráticas com a chegada do prefeito João Doria (PSDB).

Houve momentos de preocupação e tensão, mas a solução finalmente veio. “A reunião com Amlurb foi produtiva e nos deu bastante alívio. Fiquei satisfeita com o resultado”, disse Mara Santos, presidente da cooperativa.