A arte transforma vidas e muda comunidades. Foi isso o que ocorreu com o Beco do Batman. De uma viela feiosa e perdida na Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo, a um dos corredores artísticos e culturais mais importantes e inspiradores do continente e reconhecido internacionalmente por conta das pinturas os muros.

Se o protesto do morador João Batista da Silva causou indignação em muita gente – ele apagou um grafite no muro de sua casa para chamar a atenção pára uma série de problemas no local -, por outro mostrou, de forma definitiva, o poder e a força da arte de rua na forma do grafite.

Por vias não convencionais, digamos assim, Silva chamou a atenção para o tema recorrente nestes primeiros 100 dias de governo João Doria (PSDB) em São Paulo: as falhas nas ações de zeladoria da prefeitura e o pouco apreço pelos equipamentos culturais da cidade, em especial da arte de rua, como o grafite.

O morador do Beco do Batman não é contra o grafite – ao contrário, é respeitado benquisto por uma série de artistas. Ele tem orgulho de fazer parte de um ponto turístico fundamental de São Paulo, um beco que é “El Caminito” paulistano, como certa vez um músico disse sobre o local, fazendo referência a um importante patrimônio do turismo de Buenos Aires, capital da Argentina.

Por tudo isso é que o pedido de Suplicy para que o Beco se transforme em Área de Proteção Cultural ganha relevância por se tratar de um verdadeiro patrimônio artístico da cidade de São Paulo

O vídeo que abre este texto, produzido pela equipe do gabinete do vereador Eduardo Suplicy, é um tributo à arte de rua e mostra como o Beco do Batman se tornou fundamental para a cultura paulistana e como mudou a vida das pessoas que moram nas imediações ou que frequentam o local.