Manifestantes ocupam o plenário da Câmara (FOTO: LUIZ FRANÇA/CMSP)

Com a mediação do vereador Eduardo Suplicy e o apoio importante do padre Júlio Lancelotti, os manifestantes que ocupavam o plenário da Câmara Municipal deixaram o local na tarde da última sexta-feira (11 de agosto).

Cerca de 70 manifestantes entraram no plenário na tarde de quarta-feira (9 de agosto) em protesto contra as restrições de uso do Passe Livre Estudantil e contra o que consideraram a falta de debate a respeito dos projetos de privatizações e concessões do prefeito João Doria (PSDB).

O acordo mediado por Suplicy entre os estudantes e o presidente da Câmara, Milton Leite (DEM) prevê uma fala de um representante dos coletivos na próxima reunião do Colégio de Líderes para defender as propostas para a realização de um Plebiscito sobre o PMD (Plano Municipal de Desestatização). Os integrantes do movimento querem que o assunto entre na pauta de votações de projetos.

A saída dos manifestantes ocorreu antes do prazo de cinco dias estabelecido pela liminar concedida na quinta-feira (10 de agosto) pela Justiça para que os ocupantes deixassem o Plenário.

Ao deixarem o Plenário, os manifestantes leram em coro um manifesto sobre os avanços que conquistaram.  O comunicado dizia que “a Audiência Pública, o compromisso de passar o Projeto sobre o Plebiscito no Colégio de Líderes foram importantes. Continuaremos a luta e vamos a cada um dos gabinetes para lutar pelo Plebiscito e afirmar a luta contra as privatizações”.

Para o advogado dos movimentos, Cleiton Leite Coutinho, o acordo beneficiou a todos. “Foi uma boa negociação porque chegamos ao consenso de que a desocupação fosse feita sem o uso de força. Essa ocupação é fundamental para mostrar a importância de exercer a democracia. O único problema é que não foram atendidas todas as reivindicações”, disse.