Comerciantes do Parque do Ibirapuera reunidos para discutir modelos de concessões propostos pela prefeitura (FOTO: GABINETE EDUARDO SUPLICY)
Comerciantes do Parque do Ibirapuera reunidos para discutir modelos de concessões propostos pela prefeitura (FOTO: GABINETE EDUARDO SUPLICY)

Comerciantes permissionários que atuam em parques municipais de São Paulo começam a se mobilizar para enfrentar as propostas da Prefeitura de São Paulo para implantar novas modalidades de administração dos espaços comerciais.

A prefeitura abriu edital de manifestação de interesse público pra estudos de modelagem de concessões de 14 parques. Isso significa que a sociedade poderá opinar e sugerir formas diversas de gerenciar a venda de produtos nos espaços públicos até o dia 9 de junho. A ideia é promover debates antes que haja a licitação para determinar os vencedores das concessões.

Nesta segunda-feira (05/06), a Cooperativa de Vendedores Autônomos do Ibirapuera, comandada pela presidente Antonia Cilene de Oliveira d Souza, realizou uma assembléia informativa para discutir sobre o que acontecerá quando os parques forem concedidos a iniciativa privada.

Alguns dos receios apresentados são o de que quais serão as regras de adequação às eventuais que  terão de obedece, de que forma vão permanecer em seus postos de trabalho – na verdade, se irão realmente permanecer trabalhando nos parques.

Os permissionáriosdo Ibirapuera estão preocupados com o processo de concessões dos parques para iniciativa privada. Também estiveram presentes alguns dos trabalhadores que atuam no Parque do Carmo, na zona leste da cidade. Foram realizadas conversas no mesmo sentido com permissionários das lanchonetes, do bicicletário e artesãos da Feira do Ibirapuera.

Como a reunião foi informativa, nenhum encaminhamento foi tirado, por enquanto. Entretanto, o maior temos entre aqueles que atuam no Parque do Ibirapuera é o de que, no caso de uma concessão pura e simples a uma empresa ou entidade, que haja o “surgimento” de problemas semelhantes aos que hoje a Feira da Madrugada.

No centro popular do Brás, administrado por um consórcio que venceu uma licitação, a quantidade de reclamações de comerciantes e trabalhadores é muito grande, já que alegam o pouco diálogo, o estabelecimento de regras que não foram informadas e dialogadas antes do processo licitatório e no qual também não tiveram participação.