Os primeiros resultados da visita a São Paulo de uma equipe da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH/OEA) foram considerados preocupantes. Assim se manifestou o vereador Eduardo Suplicy, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de são paulo.
O grupo, coordenado pela comissária Esmeralda Arosemena e que contou com todo o suporte da comissão da Câmara, visitou a área conhecida como Cracolândia, no centro de São Paulo, e a ocupação Nova Palestina, do MTST, no extremo sul da cidade.
Moradores denunciaram graves violações ao direito à moradia, com a remoção de famílias de suas casas e com a demolição e emparedamento de prédios. Foram denunciados ainda o comportamento arbitrário e violento das forças policiais de São Paulo no tratamento da população em situação de rua e das pessoas que frequentam o chamado “fluxo” da Cracolândia.
Lideranças de movimentos de pessoas em situação de rua relataram que a comissão da OEA não teve autorização para visitar dois equipamentos da Prefeitura de São Paulo – os complexos Prates e Boracéia.
“O poder público precisa urgentemente qualificar a sua atuação em relação às populações em situação de vulnerabilidade, ações que, infelizmente, não estão sendo eficientes desde que João Doria (PSDB) assumiu a prefeitura, em 2017, hoje comandada por Bruno Covas (PSDB)”, disse o vereador.