Vereadores integrantes da CPI da Feira da Madrugada (FOTO: LUIZ FRANÇA/CMSP)

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Feira da Madrugada apurou denúncias sobre abusos da segurança do local e favorecimento na distribuição de boxes durante a sexta reunião ordinária dos parlamentares. O vereador Eduardo Suplicy é um dos integrantes da comissão.

Para isso, responsáveis por esses setores foram convocados, mas segundo os vereadores, as informações prestadas são contraditórias.

Acompanhados por advogados, responsáveis pelas empresas de segurança e um permissionário responderem questões feitas pelos vereadores.

Eempresários da Santo Segurança, empresa que atua na Feira, negaram responsabilidade sobre a segurança interna e não forneceram detalhes do efetivo de funcionários no local.

Mário Gonçalves Soares, sócio da empresa, diz que seus funcionários cuidam apenas da portaria. “Eles não participam da segurança, fazem a fiscalização de entrega e saída da mercadoria. E quando são requisitados pela administração, chamam a Polícia Militar ou a Guarda Municipal”.

O presidente da CPI, vereador Adilson Amadeu (PTB) confrontou o sócio da empresa com as denúncias recebidas pela Comissão.  “Quais informações que estão vindo aqui? Que os senhores batem, que andam armados, que põem cachorros para cima…”

A feirante Cássia Guerreiro afirma que a família dela está sob ameaça por ter denunciado irregularidades na Feira da Madrugada.

“Jogo de Bicho colombiano, as ameaças, intimidações que eles fazem com os comerciantes, e esses boxes ilegais na rota de fuga do Corpo de Bombeiros, onde não poderia ter”, listou ela.

A CPI apresentou boletins de ocorrência do 12º Distrito Policial (Pari), que fez a apreensão de mercadorias de procedência ilegal na Feira da Madrugada.