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Os limites de velocidade nas Marginais dos rios Pinheiros e Tietê subiram no dia 25 de janeiro deste ano por determinação do prefeito João Doria (PSDB).

No primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2016, quando os limites eram mais baixos, o número de acidentes cresceu 60% – pulou de 229 para 367, de acordo com dados da Polícia Militar. É coincidência?

A atual administração quer fazer quer que é. Já são sete as mortes em 2017 nas duas marginais, que são verdadeiras rodovias urbanas, mas a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) insiste em dizer que nenhuma delas tem relação com o aumento dos limites de velocidade, segundo nota enviada ao portal G1.

Não são mais evidências, são fatos. O número de atendimentos a vítimas de acidentes pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) nas marginais Tietê e Pinheiros triplicou nos primeiros três meses deste ano.

Segundo levantamento feito pela Folha de S. Paulo, entre 25 de janeiro e 10 de março deste ano foram realizados 186 atendimentos pelo Samu nas duas marginais. No ano passado, no mesmo período, foram 65 casos. Houve um aumento de 186,2% (ou crescimento de 2,9 vezes).

Mais do que uma questão de mobilidade urbana – ou seja, de trânsito -, o aumento dos limites de velocidade na marginais é um tema de saúde pública, que envolve gastos que certamente poderiam ser evitados com a redução do número de acidentes.

Vamos discutir o assunto na audiência pública da próxima quarta-feira (03/05)?