O vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) não recebeu autorização para visitar o presidente Lula nesta quinta-feira (26), em Curitiba. Lula está preso na sede da Polícia Federal naquela cidade.
Ele tinha esperança de fazer a visita uma vez que o Ministério Público havia sinalizado a favor, mas foi impedido, assim como diversas outras pessoas já haviam sido, pela juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara da Justiça Federal do Paraná.
Suplicy ressaltou que os termos das Regras de Mandela, no que diz respeito às visitas de familiares e amigos do prisioneiro, são “muito claros”. Ele leu o trecho correspondente e defendeu: “O Brasil tem que respeitar, assim como respeita A Declaração dos Direitos da Pessoa Humana, da qual foi signatário”.
“Quem sabe se ela não permitir eu possa ao menos passar onde está o Lula e dar uma sinalização a Lula, de longe, e entregar os 11 cadernos espirais com todas as quase três mil cartas para ele. Eu acho que vai fazer bem para ele”, disse Suplicy.
Infelizmente, a autorização não foi dada. A juíza o recebeu em seu gabinete, na Justiça Federal, e explicou que as negativas para as visitas de amigos, parlamentares e médicos seguem parâmetros e normas da Polícia Federal. O vereador pretendia entregar ao presidente cerca de 3 mil cartas de eleitores e fãs.
“Considero um contra senso que, embora o Brasil seja signatário das Regras de Mandela, que asseguram o direito dos presos receberem familiares, amigos e médicos, a juíza Carolina Lebbos negue esses direitos. Estou na Justiça Federal pedindo uma conversar com ela. Infelizmente ela permaneceu irredutível e orientou que a defesa entrasse com recurso”, disse o vereador.
Em entrevista durante a tarde, após sair do gabinete da juíza, Suplicy explicou como foi a reunião: