O vereador Eduardo Suplicy esteve nesta segunda-feira (4/12) na reunião do Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), que analisa a intenção do Grupo Silvio Santos de construir um complexo residencial ao lado do Teatro Oficina Uzyna Uzona, no Bixiga, região central de São Paulo.
A comunidade artística e cultural da cidade, liderada pelo dramaturgo José Celso Martinez Correa, diretor do teatro, está em campanha permanente para impedir a construção das torres residenciais sob o argumento de que tal empreendimento ameaça o Oficina e descaracterizaria o entorno, que é considerado um dos patrimônios culturais e artísticos de São Paulo.
O Conpresp adiou pela segunda vez a decisão sobre a construção, por decisão do conselho (cinco votos a dois). Não há nova data para a apreciação do assunto.
“Fiquei muito feliz coma decisão do conselho”, disse Suplicy. “Qualquer decisão a respeito do entorno do teatro está suspensa até que se defina a posição do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Renovo meu apelo para que Silvio Santos chegue a um entendimento com José Celso e o prefeito João Doria em prol da cultura em nossa cidade”.
O edifício do teatro, projeto da arquiteta arquitetado por Lina Bo Bardi, é tombado pelo patrimônio histórico desde 1983.
Segundo os arquitetos ligados ao Oficina, as torres “encaixotariam” o teatro, que tem como uma das principais características uma grande janela em uma de suas laterais.
O grupo propõe a construção de um parque no terreno já tramita na Câmara um projeto de Lei, de autoria do vereador Gilberto Natalini (PV), para criar uma área verde no local.
Final de semana
No sábado (2/12), o vereador participou do Encontro com as Executivas Municipal e Zonais de São Paulo, no auditório da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo).
Já no domingo Suplicy foi à celebração de 30 anos do MST Leste 1, na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, no centro de São Paulo.