Faixas na Praça da Sé mostram principais reivindicações da população em situação de rua/Crédito: Júlia Lima

Com caminhada iniciada à 9h da manhã diante da Catedral da Sé, o Dia Nacional de Luta em Defesa da População de Rua ocupou o centro de São Paulo com faixas, cartazes e palavras de ordem.

É das escadarias da Sé que sempre partem os atos que marcam essa data, pois foi ali que, 17 anos atrás, pessoas que dormiam foram brutalmente espancados nas madrugadas do dia 19 de agosto e do dia 22. Os responsáveis pela morte de sete pessoas e as agressões a outras oito pessoas nunca foram punidos.

Na caminhada entre a Sé e o Viaduto do Chá, cartaz denuncia a violência policial/Crédito: Júlia Lima

Este ano, o Movimento Nacional da População em Situação de Rua, o Movimento Estadual da População em Situação de Rua, o Movimento Nacional de Luta pela Defesa da População em Situação de Rua, o Fórum da Cidade de Defesa da População em Situação de Rua de São Paulo e a Pastoral do Povo da Rua elaboraram um manifesto, que entregaram ontem para os vereadores na Câmara Municipal de São Paulo e hoje nas secretarias de Habitação, Assistência Social e para o prefeito Ricardo Nunes.

Junto com o manifesto, também foi entregue uma carta, com apoiadores diversos entre entidades de direitos humanos, religiosas, sindicatos, movimentos populares e os mandatos de vereadores como Eduardo Suplicy e Juliana Cardoso, do PT, Erilka Hilton, Bancada Feminista e Quilombo Periférico do PSOL, da deputada estadual Érica Malunguinho do PSOL e do deputado federal Orlando Silva do PCdoB.

Na frente da prefeitura, enquanto esperavam a comissão de representantes protocolar a carta e aguardavam ser recebidos pelo prefeito Ricardo Nunes, os manifestantes ainda elaboravam cartazes que mostravam suas principais reivindicações: moradia, trabalho, fim da violência, dignidade e visbilidade.

Na frente da prefeitura, criança pinta cartaz/Crédito Júlia Lima
Cartaz denuncia os preconceitos mais comuns associados às pessoas que moram na rua/Crédito: Júlia Lima

 

 

 

 

 

 

 

 

Agentes comunitários de saúde, com os coletes azuis do SUS, que estão em greve/ Crédito: Júlia Lima

A passeata dos agentes comunitários de saúde em greve que chegou ao Viaduto do Chá foi recebida com entusiasmo e aplausos, num reconhecimento do que esses profissionais do SUS fazem pela saúde das pessoas que estão na rua.

O prefeito Ricardo Nunes não recebeu a comissão dos movimentos sociais que pedia uma reunião com o prefeito Ricardo Nunes e as secretarias de Habitação, Direitos Humanos e Cidadania, Assistência Social e Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo. Em seu lugar, manifesto e carta foram entregues ao secretário-executivo de Gestão, Fabrício Cobra Arbex, e ao secretário-adjunto da Casa Civil, Marcelo Del Bosco

 

Ato em frente a Prefeitura de São Paulo pede audiência com o prefeito Ricardo Nunes/Crédito: Júlia Lima

 

 

Cartaz produzido pela população em situação de rua/ Crédito: Júlia Lima

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