Audiência pública sobre a venda do Anhembi (FOTO: GABINETE EDUARDO SUPLICY)

Quais os limites que serão impostos às intervenções no Anhembi? Essa foi a grande questão que foi levantada na manhã desta sexta-feira (29 de setembro) na audiência pública para discutir o Projeto de Lei 582/2017, de autoria da Prefeitura de São Paulo.

O projeto, aprovado em primeira votação, autoriza a venda do Complexo Anhembi e dos ativos da SPTuris (São Paulo Turismo). Estiveram presentes, representantes do poder Executivo, ouvindo as reivindicações de representantes da sociedade civil e de alguns vereadores.

O projeto ainda tem muitas restrições por parte dos vereadores de oposição. Tanto o vereador Eduardo Suplicy como a bancada do PT continuam contrários à privatização de equipamentos públicos sem a devida discussão com a população, que envolve ainda a realização de um plebiscito com eleitores paulistanos sobre o assunto.

Enquanto a segunda votação não ocorre, a exigência do plebiscito continuará como um dos pontos principais da bandada de oposição na Câmara Municipal.

O vereador Antônio Donato, líder da bancada do PT, apontou a necessidade de especificar que tipo de intervenção será permitida, uma vez que o texto informa que apenas o Sambódromo permanecerá do jeito que está hoje.

A preocupação é de que haja uma descaracterização do Complexo Anhembi, que conta com 500 mil metros quadrados mas que comporta o potencial construtivo de aproximadamente 1 milhão de metros quadrados – o local está em processo de Tombamento, devido a importância histórica, cultural e artística que tem para a cidade.

Outro ponto a ser destacado é relativo aos funcionários que hoje trabalham no Anhembi e na SPTuris. Que tipo de garantias terão? Continuarão trabalhando no local? Serão transferidos? Como esperado, nenhuma dessas informações consta do projeto.