FOTO: DIVULGAÇÃO/ELZA FIUZA
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Em uma “coincidência” tétrica, o governo Michel Temer anuncia o fim da rede própria da Farmácia Popular no mesmo dia (06/06) em que o programa foi criado, 13 anos atrás, pelo governo Lula.

Pela primeira vez, a população teve acesso a 125 medicamentos oferecidos gratuitamente ou com desconto de 90% nos preços em uma rede própria de farmácias.

Dois anos depois de lançar o programa, Lula expandiu e criou o “Aqui Tem Farmácia Popular”, disponibilizando medicamentos também em redes privadas conveniadas. Nesses 13 anos, 43 milhões de brasileiros foram beneficiados.

O anúncio do fechamento de todas as farmácias da rede até o final deste ano ocorreu em entrevista coletiva no Ministério da Saúde. Desde janeiro, foram fechadas 111 das 533 unidades.

Em sua justificativa, o governo federal disse que está fechando as farmácias a fim de “cortar gastos” com as estruturas próprias e destinar o orçamento apenas aos medicamentos priorizando as redes conveniadas.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a rede conveniada oferece 42 produtos, sendo 25 gratuitos pelo programa, enquanto as farmácias populares possuem 125 tipos de medicamentos.

Porém, o então Ministro da Saúde do governo Dilma, Alexandre Padilha, atribui à PEC da Morte o motivo do corte no programa.

“Ele aprovou uma PEC da Morte durante 20 anos deixaria de ampliar os recursos para área da saúde. Quando você congela, você não prevê que vai nascer mais gente, que a população vai envelhecer. A cada ano aumenta o número de hipertensos e diabéticos. É como fechar os olhos para o fechamento de hospitais, como temos visto, por exemplo”.

Foi na gestão de Padilha que Dilma sancionou, em 2011, a gratuidade para remédios de hipertensão e diabetes, quando o programa atingiu mais de 30 milhões de brasileiros e alcançou 30 mil farmácias conveniadas.

“Foi aí que o programa deslanchou e conseguimos ainda mais projeção internacional. Depois dessa medida, registramos uma redução significativa de internações por diabetes ou hipertensão no Sistema Único de Saúde entre 2003 e 2013”, explicou Padilha.

(Com informações da Agência PT)