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FOTO: LUIZ FRANÇA/CMSP

Uma nova forma de administrar o comércio da rua Coimbra, no Brás. Esse é o compromisso que lideranças de comerciantes bolivianos do local firmaram na última reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Migração – presidida pelo vereador Eduardo Suplicy na Câmara Municipal -, ocorrida nesta terça-feira (13/06).

O presidente da Assempbol (Associação de Empreendedores Bolivianos da Rua Coimbra), Ronald Soto Delgadillo, atual gestor da feira, admitiu que atualmente não há o cumprimento da legislação em relação aos produtos vendidos, mas disse que está disposto a conversar com outros grupos para restabelecer o conselho gestor e regularizar a feira.

O prefeito regional da Mooca, Paulo Sérgio Criscuolo, informou que a feira está ilegal desde o ano passado, em função de um desentendimento entre grupos de bolivianos que querem administrar o local.

Outro problema é a inadequação da feira à legislação, por vender diversos produtos que não se enquadram na lei das Feiras Culturais, que permitem apenas produtos culturais, artesanato e alimentação típica.

“Nós estamos de acordo. Não estamos cumprindo as exigências das feiras de São Paulo. A feira é desorganizada e nós precisamos do apoio da Prefeitura Regional da Mooca para organizar. Acho que devem ser ouvidos primeiro os feirantes para a realização do conselho gestor. Temos de trabalhar em conjunto para organizar e melhorar a feira”, disse Ronald Delgadillo.

O presidente da CPI, Eduardo Suplicy (PT), por sua vez, observou uma mudança nas ações da Prefeitura e elogiou a política intersetorial apresentada pelos representantes do governo no sentido de oferecer trabalho, cursos de português, obtenção de documentos e a abertura de contas bancárias, entre outras iniciativas.

“Há uma interação entre a Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social com a de Direitos Humanos e Cidadania, porque ambas estão interessadas em facilitar a vida dos imigrantes que aqui chegam. São muitas as iniciativas que a Prefeitura pode realizar e aperfeiçoar para fazer com que a vida dos imigrantes em São Paulo seja a mais positiva possível”, afirmou o vereador.