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FOTO: LUIZ FRANÇA/CMSP

Depois da Feira da Madrugada, no Brás, outro local de comércio popular de São paulo poderá ser alvo de investigação por parte da Câmara Municipal – no caso, a Feira Boliviana da rua Coimbra, também no mesmo bairro.

O assunto polêmico foi levantado na reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Migração na tarde desta terça-feira (30/05). A comissão é presidida pelo vereador Eduardo Suplicy.

O tema da reunião era justamente a feira da rua Coimbra, que recebeu críticas de alguns comerciantes, que fizeram denúncias variadas. No entanto, a associação (Assmppbol – Associação de Empreendedores Bolivianos da Rua Coimbra), que administra o local foi defendida por outras pessoas que lá trabalham.

A feirante Neide Dourado revelou que os integrantes da Assmppbol foram escolhidos sem que houvesse a concordância de todos e que ela teria sofrido agressão por questionar a taxa semanal cobrada pela associação.  “Fui agredida pelos seguranças porque disse que não iria mais pagar os R$ 25 sem saber com o dinheiro está sendo usado”, detalhou.

O ex-presidente da Assmppbol Luís Vasquez Mamani criticou a feirante e classificou os argumentos dela de “mentirosos”. “É tudo mentira o que ela [Neide] contou. A associação foi feita com a participação de todos e os R$ 20 que cobramos por semana servem para limpar a rua e colocar segurança.”

Suplicy , o presidente da CPI, afirmou que uma visita de vereadores ao local é fundamental para acabar com uma série de dúvidas. “Tudo o que houve de denúncia pode ser objeto de investigação da nossa comissão. O que puder fazer para harmonizar essa disputa entre os bolivianos, me disponho a fazer porque todos têm o direito de ser tratados com respeito.”

A CPI da Migração aprovou ainda requerimentos para que o secretário da Assistência e Desenvolvimento Social, Filipe Sabará, e o prefeito regional da Mooca, Paulo Sérgio Criscuolo, venham prestar esclarecimentos aos vereadores sobre suas ações para os imigrantes.