A reação foi contundente e enviou um recado duro: nenhum direito a menos. A greve geral transformou a sexta-feira, 28 de abril, em um dia histórico para a vida política brasileira, com manifestações e paralisações em 24 Estados e no Distrito Federal.
Em São Paulo, metroviários e motoristas de ônibus aderiram ao movimento, enquanto várias vias foram interrompidas por protestos de integrantes de movimentos sociais.
Aos gritos contra as reformas da Previdência e trabalhista, que ferem de forma absurda os direitos dos trabalhadores dos aposentados, somou-se outro brado, o de eleições gerais no próximo mês de outubro, como pretendem parlamentares de esquerda do Congresso Nacional.
A reivindicação por novas eleições, e antecipadas, foi anunciada pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) na última quinta-feira (27/04), em São Paulo, durante o lançamento do manifesto do Projeto Brasil Nação, elaborado por um grupo de intelectuais, economistas, políticos e artistas.
“É um governo ilegítimo, que não foi eleito e que tem penas 4% de aprovação. Carece de legitimidade. Por isso são necessárias eleições antecipadas e os partidos de esquerda estão se mobilizando para apresentar uma emenda que estabeleça eleições gerais, para todos os cargos, para outubro”, disse o senador.
O vereador Eduardo Suplicy esteve na Faculdade de Direito da USP, no lançamento do manifesto, e apoiou a iniciativa dos parlamentares de esquerda. Na verdade, o vereador defende a realização de novas eleições desde o ano passado por conta da falta de legitimidade política do presidente Michel Temer.
Em apoio à greve geral convocada pelos movimentos sindicais e sociais, Suplicy também compareceu, na tarde desta sexta-feira (28/04) ao ato ocorrido no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.