Teatro Oficina (FOTOS: DIVULGAÇÃO)

O vereador Eduardo Suplicy participou na manhã desta terça-feira (31/10) de audiência pública para discutir a Proposta de Lei Orçamentária 2018 (PL 686/2017) – que estima as receitas e fixa as despesas da capital paulista para o próximo ano – da secretaria municipal de Cultura.

O evento foi marcado por uma presença maciça de representantes ligados à área da cultura, que foi uma das mais prejudicadas pelas decisões orçamentárias da gestão João Doria (PSDB).

Em sua intervenção, Suplicy defendeu os artistas e coletivos de rap e também a importância de apoiar o Teatro Oficina Uzyna Uzona, no Bixiga.

O teatro é liderado pelo dramaturgo José Celso Martinez Correa, que está em litígio com o Grupo Silvio Santos. O empresário quer construir ao lado um complexo comercial, o que descaracterizaria o bairro e ameaça a continuidade das atividades culturais em local tombado pelos órgãos de patrimônio histórico.

Os mais de 300 participantes da audiência fizeram intervenções artísticas para pedir mais verbas para a Pasta. De acordo com a proposta em tramitação na Câmara Municipal de São Paulo, dos cerca de R$ 56,2 bilhões previstos para a cidade, a secretaria municipal de Cultura terá cerca de R$ 437 milhões – o que representa uma queda de 15,8% em relação ao orçado para este ano.

Para o integrante do Fórum de Hip Hop, rapper Pirata, o recuo do Orçamento para a Cultura precisa ser revisto. “A área deve ser respeitada e esses 15,8% precisam voltar para que a Secretaria Municipal de Cultura tenha poder e faça os investimentos necessários”, disse.

O secretário de Cultura, André Sturm, afirmou que haverá dinheiro para o Hip Hop. “O Orçamento prevê R$ 1,5 milhão para o mês do Hip Hop. É inquestionável a importância desse evento, tanto que entendemos que apenas um mês é pouco”.