O vereador Eduardo Suplicy foi o único político brasileiro que conseguiu conversar com o ex-presidente norte-americano Barack Obama em São Paulo. Obama veio à cidade participar do Fórum Cidadão Global, promovido pelo jornal Valor Econômico e pelo banco Santander.

Suplicy entregou ao ex-presidente norte-americano uma carta onde sugere que a Renda Básica de Cidadania seja expandida na América do Norte – foi implantada em 1980 no Alasca.

Obama mostrou-se surpreso e foi simpático e receptivo ao contato, recebendo também dois livros: “Renda Básica de Cidadania – A Saída é pela Porta”, de Eduardo Suplicy, e “Basic Income – A Radical Proposal for a Free Society and a Sane Economy”, de Philippe Van Parijs e Yannick Vanderborght.

A conversa foi rápida, pois logo agentes de segurança do FBI (Federal Bureau of Investigation), uma das polícias federais dos Estados Unidos, pediram a Suplicy para sair do recinto.

Na carta, o vereador pergunta se Obama é a favor da instituição da Renda Básica Universal em todo o mundo e se ele não concorda que, ao invés dos Estados Unidos construírem um muro por toda a fronteira com o México, gastando mais de US$ 28 bilhões, se não seria muito melhor usar esses recursos para criar um fundo para financiar a Renda Básica do Alasca à Patagônia para todas asa pessoas.

Suplicy também escreveu uma carta, nesta quinta-feira (05), ao presidente Michel Temer, a respeito do ex-ativista italiano Cesare Battisti. O vereador pede que não haja decisão de extraditar o ex-ativista, que foi preso em Corumbá (MS) nesta semana. Sua tentativa de fuga foi por temor de o governo Temer revogar o asilo político concedido pelo ex-presidente Lula.

Battisti foi condenado na Itália à prisão perpétua acusado de quatro assassinados políticos nos anos 70 e 80. Como estava na França à época do julgamento, conseguiu viajar ao México e, depois, ao Brasil.

O governo italiano fez vários pedidos de extradição ao Brasil, e o caso foi parar no STF (Superior Tribunal Federal). Em 2010, os ministros decidiram que a decisão de extradição caberia ao presidente da República, na época, Luiz Inácio Lula da Silva, que determinou quue Battisti poderia viver livremente no Brasil.

Suplicy acompanhou de perto o caso, inclusive a pedido de uma das principais escritoras francesas, Fred Vargas (pseudônimo de Frédérique Audoin-Rouzeau), que estudou atentamente o caso e garante que Battisti nnão foi responsável pelos assassinatos cometidosa pela organização de extrema-esquerda à qual era filiado na época.

O vereador crê na inocência de Cesare Battisti e quer convencer o presidente Temer a manter a decisão tomada pelom presidente Lula em 2010.

No final da tarde, o gabinete de Eduardo Suplicy foi acionado para acompanhar o caso da prisão de nove travestis a região Praça da República. Elas foram abordadas e detidas sob a acusação de prostituição e por não portarem documentos pessoais – nenhuma das coisas coisas é crime. Até as 20h as travestis continuavam detidas.

No final da noite desta quinta-feira, Suplicy concedeu uma longa entrevista para um documentário realizado por estudantes do curso de Rádio e TV da faculdade FMU, de São Paulo, com os temas cooperativas de reciclagem de lixo e renda básica de cidadania.

Clique abaixo para ver a versão em português para a carta entregue a Obama e para o presidente Temer:

Carta Obama

Carta Temer – Battisti

 

Carta a Obama – versão em inglês