O dramaturgo José Celso Martinez Correa discursa no plenário da Câmara entre os vereadores Eduardo Suplicy (esq.), Toninho Véspoli (PSOL, ao centro) e Gilberto Natalini (PV, à dir.) FOTO: ANDRÉ BUENO/CMSP

O vereador Eduardo Suplicy defendeu nesta terça-feira (21/11), mais uma vez, o diálogo para solucionar a questão do que considera uma ameaça ao Teatro Oficina Uzyna Uzona e à área cultural do bairro da Bela Vista, no centro da capital.

Em seu discurso no plenário, que contou com a presença do diretor do teatro, o dramaturgo José Celso Martinez Correa, Suplicy pediu que o empresário Silvio Santos, que é dono do terreno adjacente ao teatro, que desista de construir um complexo residencial mo local.

José Celso e Silvio Santos travam há 37 anos uma disputa na área. O empresário não abre mão de usar o terreno para alguma atividade comercial – o projeto agora é a construção de quatro torres residenciais de mais de 20 andares cada uma.

O dramaturgo, por sua vez, com o apoio da comunidade artística paulistana, entre outros grupos, tenta, a todo custo, impedir qualquer construção que, no seu entendimento, descaracterize o caráter “humanístico, artístico e cultural” do entorno do teatro e do próprio bairro da Bela Vista, onde está inserida a área do Bixiga.

O pleito de José Celso tem o apoio de Suplicy e de outros vereadores, como Toninho Véspoli e Sâmia Bomfim, ambos do PSOL.

O vereador Suplicy falou sobre a importância cultural do Teatro Oficina e a ameaça que o projeto residencial do Grupo Silvio Santos representa para o patrimônio cultural da cidade de São Paulo.

Em uma deferência da mesa diretora da Câmara, José Celso fez um discurso de cinco minutos relatando as dificuldades que está tendo para conversar com o empresário e pede novamente a ajuda do Poder Público, além dos vereadores, para que haja uma solução favorável à “comunidade cultural paulistana”.

Pela manhã, nesta terça, ele participou de reunião interna da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Feira da Madrugada, que encerra seus trabalhos no começo de dezembro. O relatório final está sendo finalizado e já tem mais de 3 mil páginas.

 Feriado

A agenda de Suplicy durante o final de semana e feriado prolongado começou logo cedo no sábado (18/11), em Diadema, na Grande São Paulo, onde participou das festividades que marcaram os 35 anos da primeira gestão municipal petista da história.

Na verdade, a eleição de Gilson Menezes, em 1982, foi a primeira eleição ganha por um candidato do PT, servindo de modelo para muitas outras administrações que vieram na sequência.

Menezes, que saiu do PT no começo dos anos 90 para integrar o PSB e o PMDB, não pôde comparecer por conta de um tratamento de problemas renais. Foi representado na festa pela mulher, Eliete, que recebeu outras personalidades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente estadual do PT, Luiz Marinho.

Na segunda-feira (20/11), Dia da Consciência Negra, o vereador compareceu à exposição “Amazonia Negra”, de Marcela Bonfim, na Caixa Cultural, em São Paulo. 

A agenda cultural, por sua vez, incluiu dois shows bem interessantes – o de João Suplicy, filho do vereador, em mais uma temporada no Bar Brahma, no centro de São Paulo, na noite de sábado, e o do rapper Emicida, na casa de shows Audio, na zona oeste, na noite de segunda-feira – evento que também fez parte das atividades do Dia da Consciência Negra.

No domingo (19/11), Suplicy compareceu à montagem da peça “Um Inimigo do Povo”,  no teatro Commune.

O texto narra como um médico é transformado em inimigo do povo por defender a verdade e suas ideias para uma cidade. A peça fica em cartaz até o próximo fim de semana.