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Em média 70% dos albergados e das pessoas que moram nas ruas são de outras cidades. A maior parte vem principalmente das regiões Sudeste e Nordeste. 27% da população em situação de rua é paulistana. Os dados constam da pesquisa realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), da USP.

Já os imigrantes são minoria: 1% entre os que vivem nas ruas e 7% entre os que procuram os centros de acolhimento.

O relatório, no entanto, verifica uma tendência de crescimento desse grupo. Em 2015, aumentou o número de refugiados na capital paulista, que se explica também em razão de conflitos em países da África e na Síria.

A maioria dos entrevistados que mora nas ruas (73,8%) declarou fazer “bicos” para conseguir a própria renda. Apenas 4,8% disseram estar empregados. Entre os 20,7% que não trabalham, a maioria contou que pede dinheiro para sobreviver. Já entre os que vivem em centros de acolhimento, é maior o grupo que declara ter emprego fixo, com ou sem registro formal (17,9%).

“Esse conjunto de trabalhadores constitui um subgrupo da população de acolhidos, para os quais é possível pensar programas diferenciados, particularmente de provisão de serviços de habitação”, diz o relatório.