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A maioria das pessoas em situação de rua em São Paulo declara saber ler e escrever. É o que revela a pesquisa realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), da USP.

A taxa de analfabetismo verificada em 2015 (10%) é inferior ao registro do Censo de 2010 (16%). Mas entre os idosos, 20% afirmam não saber ler ou escrever. Em 2015, foi maior também o percentual de quem declarou ter concluído o ensino médio, 15% contra 9% em 2010.

A região da Subprefeitura Sé é onde vive a maior parte da população de rua, realidade que se mantém nos últimos cinco anos. Nesta área estão os distritos de Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci, Consolação, Liberdade, República, Santa Cecília e Sé.

A preferência, segundo a prefeitura, se explica porque esses são considerados locais mais seguros pelos moradores.

Desde 2009, o número de moradores que vivem exclusivamente nas ruas é inferior àqueles que procuram abrigos regularmente para passar a noite ou parte do dia. Estão em funcionamento na cidade 79 centros de acolhida.

Muitos dos que não procuram esses lugares dizem preferir as ruas pela liberdade de horário e ausência de regras, além de registros de queixas de tratamento ruim e dificuldades de relacionamento com os demais frequentadores ou usuários.