Samir Amahad é abordado de forma violenta por um guarda civil (FOTO: REPRODUÇÃO TV GLOBO)
Samir Amahad é abordado de forma violenta por um guarda civil (FOTO: REPRODUÇÃO TV GLOBO)

O vereador Eduardo Suplicy denunciou na sessão da Câmara Municipal desta quarta-feira (03/05) a brutal e inaceitável abordagem e agressão a uma pessoa em situação de rua no bairro do Jabaquara, na zona sul de São Paulo.

O cidadão, Samir Ahamad, de 40 anos, foi abordado de forma truculenta por integrantes da Guarda Civil, que acompanhavam servidores da prefeitura que faziam fiscalização na região.

Além da agressão, o cidadão teve seus pertences apreendidos sob a alegação, segundo testemunhas disseram aos portais G1 e UOL, que o carrinho de supermercado que usava para guardar suas coisas “não tinha nota fiscal”.

A ação dos guardas civis foi filmada por meio de um celular e disseminada nas redes sociais, causando indignação total. Suplicy conseguiu exibir as chocantes imagens no telão do plenário da Câmara, que mostram o cidadão sendo empurrado. Chorando, ele tenta evitar a apreensão de seus pertences pessoais.

A situação foi ainda mais cruel porque Ahamad se dirigia, no momento da abordagem, ao trabalho – era o seu primeiro dia como servente de pedreiro em uma obra. Ele teve o punho direito quebrado. Ahamad foi detido e levado para o 35º Distrito Policial. Ao perceber que ele estava com dor, o delegado decidiu encaminhá-lo ao hospital e não ouvir seu depoimento.

Suplicy denuncia a agressão no plenário (FOTO: ANDRE BUENO/CMSP)
Suplicy denuncia a agressão no plenário (FOTO: ANDRE BUENO/CMSP)

Suplicy e a bancada do PT condenaram veementemente a brutal e covarde agressão perpetrada pelos Guardas Civis e cobrou providências urgentes da prefeitura e do prefeito João Doria sobre o caso.

“No ano passado, o prefeito Fernando Haddad baixou um decreto de como todos os servidores da Prefeitura, inclusive os GCMs, que são responsáveis por ações de zeladoria, que deveriam estar reforçando os moradores em situação de rua e não estar retirando os pertences”, disse Suplicy.

“Se tivesse objetos grandes como carroças que atrapalhassem as vias, a Prefeitura se fosse levar deveria colocar um lacre naqueles objetos para os moradores em situação de rua pudessem comparecer ao local onde estariam armazenados os pertences para retirá los. Isso é algo que está desrespeitando inclusive a regra do governo federal de respeito a população em situação de rua”, completou.

Em nota, a Corregedoria Geral da Guarda Civil Metropolitana afirma que vai apurar a conduta dos agentes no procedimento, e que um deles será afastado. “Preliminar e temporariamente, o guarda envolvido diretamente na ocorrência será afastado das atividades operacionais.”

iMAGENS DA AGRESSÃO NO TELÃO DO PLENÁRIO DA CÂMARA (FOTO: ANDRE BUENO/CMSP)
iMAGENS DA AGRESSÃO NO TELÃO DO PLENÁRIO DA CÂMARA (FOTO: ANDRE BUENO/CMSP)

 

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