O vereador Eduardo Suplicy (PT) entrou nesta segunda-feira (03/04) com representação no Ministério Público de São Paulo pedindo a suspensão das audiências públicas marcadas para a discussão do Plano de Metas da prefeitura da capital. O encontro foi com o próprio procurador geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio.
As audiências estão marcas para os dias 6, 8 e 9 de abril em vários locais da cidade simultaneamente.
Suplicy questiona o fato de as audiências se concentrarem em apenas três dias, restringindo o acesso aos debates e impedindo que moradores de uma região participem de debates em mais de uma audiência em determinadas áreas da cidade.
Por que não realizá-las em três semanas, oferecendo amplas possibilidades de debate sobre os 50 pontos do Plano de Metas?
Há questões fundamentais a esclarecer sobre o processo de construção do Programa de Metas e a proposta de participação da população.
Entre elas o vereador cita a relação da administração João Doria com a empresa McKinsey e a organização Comunitas.
Em relação à McKinsey, há muitas dúvidas em relação a sua participação na elaboração do Plano de Metas da prefeitura, já que o acerto com a prefeitura não foi divulgado, assim como o tipo de serviço que prestaria. Será que era mesmo necessária a contratação de uma consultoria externa para elaborar um plano estratégico de uma administração municipal?
As mesmas questões são pertinentes em relação à organização Comunitas, que doou expertise na elaboração de “parcerias de desenvolvimento solidário”. De que forma isso ocorreu? Por que não houve divulgação de tais acordos?
Eduardo Suplicy levantou outras questões:
– Veirificar como se deu a participação da empresa McKinsey na elaboração do Plano de Metas da Prefeitura de São Paulo. Foi uma doação? Por que a população não teve acesso ao contrato ou ao acordo de participação?
– Que tipo de informação da Prefeitura foi passada para a McKinsey?
– Por que a doação do serviço não foi feito com a McKinsey?
– Qual a relação entre a McKinsey e a organização Comunitas, que doou expertise na elaboração de “parcerias de desenvolvimento solidário”?
– Por que não foi explicado a que se referem os quase R$ 3 milhões em serviços doados pela Comunitas à Prefeitura e por que não consta o valor da doação feita nas publicações do Diário Oficial?
– Por que, no documento oficial da Prefeitura, não é mencionada a relação com McKinsey e Comunitas no Programa de Metas? Por que a população não foi informada?
– Um serviço de planejamento estratégico como esse não deveria ter sido contratado? Por que ele foi feito por meio de doação? Por ventura houve qualquer pagamento ou contrapartida de qualquer natureza para McKinsey e/ou para Comunitas por parte da Prefeitura?
Clique abaixo para ler a íntegra da representação ao Ministério Público: