Suplicy com a professora LLuciana Xavier em caminhão de som durante manifestação em frente à Câmara (FOTO: ANDRÉ BUENO/CMSP)

Os servires municipais venceram. A Câmara Municipal de São Paulo retirou da pauta o Projeto de Lei (PL) 621/2016 – conhecido como Sampaprev – por 120 dias.

Foi uma decisão dos vereadores. Portanto, neste período de quatro meses, o projeto não será votado. Será criada uma comissão de estudos com a presença de lideranças, sindicatos e servidores para que se faça um diálogo sobre o tema.

A proposta, do Executivo, prevê a criação de uma previdência complementar e altera a alíquota de contribuição de 11% para 14%. Mais cedo, também por iniciativa dos parlamentares, o governo retirou do texto a alíquota suplementar de até 5% que incidiria sobre parte dos salários de quem recebe acima do teto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) – R$ 5.645,80.

“Esta é a maior mobilização dos professores, médicos, assistentes sociais e de todos servidores municipais da História de São Paulo. Estão de parabéns. Qualquer reforma da previdência tem de ser precedida de profundo debate com os servidores públicos que receberam o apoio da população. A mobilização dos servidores foi fortíssima e levou a vitória”, disse o vereador Eduardo Suplicy.

Ao final da sessão que adiou a análise do projeto, Suplicy comemorou a decisão ao lado da professora Luciana Xavier, que teve o nariz quebrado por um guarda civil metropolitano, dentro da Câmara, com um cassetete,  durante sua participação pacífica na plenária sobre o desmonte da Previdência municipal. “Comemoramos juntos a vitória da mobilização de servidoras e servidores em que ela foi uma das heroínas.”